Questionário sobre a aula de música. Uab 3 Curso Licenciatura em música.
Keith
Swanwick
O texto faz uma reflexão sobre o
ensino da educação musical nas escolas e mostra as diferentes formas como acontece
o ensino da música na sala de aula. A aprendizagem musical pode se desenvolver
no ambiente escolar de forma colaborativa entre professor, o aluno, a escola e
a comunidade. O aluno poderia ter aulas coletivas onde aprenderia ouvir, perceber,
tocar e cantar músicas e à medida do tempo de estudo, conhecer a história da
música presente no seu cotidiano e também as músicas eruditas, passando a ter
conhecimento sobre os símbolos musicais e compor as suas próprias músicas. A
música está presente no dia a dia das pessoas, umas consideram a música como
essencial na educação da criança e outras como hobby. Os pais no primeiro dia
de aula de uma criança desconhecem que para aprender música exige bastante
estudo igual às outras disciplinas, e sobrecarregam as crianças com várias
atividades, umas fazem balé, esporte, instrumento e escola. Fica uma tarefa
bastante difícil na hora de aprender tudo. O professor de música tem o papel de
mostrar ao aluno, uma forma de estudo em que ele seja um profissional completo
e não se dedique apenas ao instrumento esquecendo as outras disciplinas. Os
projetos de música na escola devem seguir a linha de Kodaly em que a educação
se dá por meio das músicas folclóricas. Estudiosos como Rousseau, fixam a
educação musical na criança. Pestalozzi e Froebel focam o desenvolvimento da
música na criança pequena. Carl Orff se tornou o primeiro educador
“progressivo” na música, por meio de ensinamentos com instrumentos, vozes,
treinando a audição o movimento e a improvisação em um contato direto com a
música em qualquer nível que a pessoa apresente ao iniciar a aula. Seus materiais
desenvolvidos foram baseados em música do folclore do Oriente e do Ocidente por
meio de escala penta tônica. Vinte anos mais tarde o ensino se modificou, mas o
princípio improvisatórios e criativos foram levados a diante. Comentava-se que
a educação musical tinha ficado para trás, no uso de seus idiomas folclóricos.
As crianças deveriam ser criativas e empregar as técnicas e recursos sonoros dos
compositores contemporâneos. John Paynter, advogado na Grã-Bretanha, tem sido
uma defesa nesta ideia. No Canadá Murray Schafer apoiou a causa e nos Estados
Unidos as implicações no currículo musical escolar foram articuladas no Programa
Curricular de Música Manhattanville (1970).
As crianças passaram a compor suas
próprias músicas. Neste momento passam a existir duas visões diferentes no
ensino de música, de um lado estão aqueles que apresentam atividades criativas
a “auto expressão” que é aceito vagamente, do outro, uma visão argumentada em
que o aprendizado é feito por meio de composição onde as crianças passam a
compreender a música, essas diferenças se tornam importantes por meio da
experiência musical onde o aluno compõe e executa a música e se torna um
ouvinte ativo. Esse desenvolvimento muda o papel do professor no ensino da
música. O professor estimula o aluno questionando e aconselhando, as atividades
passam a ser compreendidas de forma estruturada e trabalhando em conjunto. O
professor que se destaca na formação dos alunos exerce diversas funções no
grupo não só de mestre, mas de organizador de ideias, distribui funções ao
grupo, administra as atividades dividindo os alunos por nível, montando a sala
de aula, orquestra, coral ou banda. A música passa a divulgar o talento das
crianças, jovens e adultos, possibilitando que eles sejam descobertos pelas
autoridades e ganhe bolsas de estudos e convites para estudar fora da cidade ou
em outros países. Com o desenvolvimento da tecnologia a divulgação dos grupos
de música ganha mais um espaço para o desenvolvimento musical no estado. O
ensino da música é um grande desafio, pois, o professor passa por um processo
de aprendizado junto com o aluno. O que vejo atualmente é a falta de professores
qualificados para ministrar aulas de música nas escolas, a falta de bons salários
não atrai os grandes mestres para serem professores de música. “O professor
eficaz reconhece o que o psicólogo Jerome Bruner chamou “as energias naturais
que sustentam a aprendizagem espontânea que são curiosidade por meio de uma
interação social”.
“Principio em Educação Musical ou o Professor
como Músico”.
As incertezas aparentemente
contraditórias apresentam princípios que guiam o professor de música. O primeiro
princípio reconhece que todos necessitam experimentar o sentimento de
realização. O segundo princípio o ensino musical deve ser de forma direta. O
ensino não deve ser apenas teórico, mas prático onde o aluno tenha acesso aos instrumentos,
conhecendo e aprendendo a função de cada instrumento. O trabalho dos grupos na
sala de aula ou em uma banda e orquestra deve ter a participação dos
professores da escola que apóiam os alunos ensinando e ajudando o professor que
lidera a orquestra, o coral ou a banda, o um grupo de percepção musical na sala
de aula. Atualmente vemos reportagens de pessoas que exploram os sons da
natureza, por meio dos bambus, eles gravam esses sons e criam músicas. Cada
pessoa apresenta uma forma de compreender a música que está presente no seu
cotidiano. A internet não veio para todos, e muitos não tem acesso à
informação. Não devemos julgar a comunidade carente que desconhece a música
erudita, mas muitos músicos iniciaram seus estudos em projetos sociais, no SESI
e hoje em dia são militares, ou professores de música ou tocam em Orquestra no
Brasil ou no exterior.
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