O nacionalismo na
música romântica
O nacionalismo na música romântica apresenta as motivações para o surgimento dos movimentos nacionalistas na música do
século XIX são uma reação à predominância no mundo musical da ópera italiana e
da música instrumental alemã. A ópera alemã se firma também com a presença de
Carl Maria Von Weber (1786-1826), que utilizaria temática alemã, situando-se
depois de Mozart e antes de Richard Wagner. Os alemães ganharam seu espaço
próprio, vários outros povos começam a buscar a sua descoberta da expressão
popular pelo mesmo caminho, o romantismo. As maiores expressões musicais deste movimento vêm do norte e do
leste europeu, mas a mesma manifestação nacionalista se manifestou na península
ibérica e na Inglaterra.
A Herança Romântica e as escolas
nacionais.
De acordo com o texto, o declínio do espírito
romântico começou em 1840. Berlioz, Liszt, Wagner levaram o romantismo musical
ao ponto extremo, levando a um inevitável declínio. A maior parte dos músicos
alemães na segunda metade do século se definia por sua aceitação ou recusa
sobre a orientação da “música do futuro” essas decisões foram determinantes
para o aprimorismos estéticos anunciadores da decadência. Se classificando em
“neoclássicos”. Havia então uma tendência conservadora e uma tendência
progressista. Na Itália a música voltada para o teatro, Verdi ilustra a reação
ao idealismo romântico e se manifesta na ópera naturalista de Puccini e dos
“veristas”. Outros países os dois tipos de reação, clássica e naturalista.
Essas mudanças se apresentam na música como uma alternativa à tendência
expressionista, desde Tristão, anuncia a decomposição do sistema tonal
clássico, a tomada de consciência de uma identidade nacional graças aos
combates pela independência e pela liberdade. A cultura europeia deixa de ser cosmopolita e
se torna multinacional. A música especificamente alemã se culmina na obra de
Wagner. As novas escolas nacionais buscar a singularidade que as liberta do
classicismo europeu. Na emancipação
modal, e na assimilação do folclore autóctone: ritmo, escalas, melodias, estilo
instrumental. Itália e Alemanha. Se define por um estilo vocal e instrumenta,
passado de professor e aluno e difundido por toda a Europa. Os músicos
italianos formaram uma comunidade intelectual supranacional por toda a
Europa. A ópera verdiana definir um
estilo puramente nacional. Euryanthe anuncia Lohengrin que fazem um idealismo
especificamente alemão. A música Alemã se caracterizar por seu rigor
contrapontístico agora a música passar a se conhecer por seu romantismo, sua
inspiração heroica, seu exagero, pelo sombrio e poderoso, pelos cataclismos
sonoros. A obra de Wagner abre probabilidades na dinâmica leva ao caminho do
expressionismo pantonal.
Brams passou
a maior parte da vida em Viena, sua cultura e seu temperamento são puramente
germânicos, embora tenha passado maior parte da vida em Viena. Brahms
postou-se como tradicionalista, tem uma alma romântica e uma cabeça clássica.
A escola francesa.
Deve ao
organista César Franck a existência de uma escola francesa. Músicos que
receberam o grande prêmio no concurso do Instituto, no século XIX, Berlioz (1830),
Gounod (1839), Bizet (1857), Massenet (1863), Debussy (1884). A elite da música
francesa são Franck, Saint-Saens e Fauré.
Franck chefe
de escola transformou a sua classe de órgão em uma classe de composição. Seu
discípulos são Henri Duparc(1848-1933), Vicent d’Indy(1851-1931), Ernest
Cahusson(1855-1899), Guy Ropartz(1864-1955), Guillaume Lekeu(1870-1894). Franck
e Saint-Saens funda a associação para a promoção da música francesa moderna: a
Société Nationale de Musique, “Ars gallica”. A escola francesa começa a ter um
caráter nacional, mas não apresenta uma estética definida.
A escola inglesa sentimento de superioridade que o império
fortalece.
O irlandês
John Field(1782-1837), pianista e precursor de Chopin. A tradição do oratório
de Haendel e renovada pelo Elias de Mendelssohn(Birmingham, 1846), representa o
essencial da cultura musical britânica.
A escola espanhola.
A renovação musical da Espanha tem as mesmas características da que
aconteceu na Inglaterra que é a redescoberta de um passado esquecido, e a
promoção de um ensino baseado em valores nacionais e o estudo do folclore que
inicia um germinar a escola espanhola influenciada por novas correntes musicais
europeias. Os músicos que se destacaram na escola espanhola moderna, Isaac
Albéniz, Enrique Granados e Manuel de Falla, que são contemporâneo de Debussy e
Ravel. As escolas italiana, francesa e austro-alemã produziram músicos que se se
distinguiram por sues estilos particulares. Os músicos franceses, alemães e
italianos não defende uma cultura ameaçada e se exprimem por um patriotismo. As
escolas espanholas e inglesa existem desde a Idade Média, tiveram sob domínio
cultura estrangeiro, seu renascimento é uma libertação nos traços caracterizado
no patrimônio nacional presente na música espanhola que são as escalas e os
ritmos de um folclore, com influência corruptora da igreja e da música erudita.
A escola russa.
A formação de
uma escola nacional no século XIX é significativos despertos sentimentos
nacionalistas a campanha napoleônica. O conservadorismo autoritário de Nicolau
I com as ideias liberais convertida à filosofia de Hegel e ao socialismo
utópico de Fourier e Proundhon. Mily Balakirev
(1837-1910), Cesar Cui (1835-1918), Modest Mussorgsky, Nicolai Rimsky-Korsakov,
Alexandre Borondin (1833-1887), esse nomes levam a revolução aos meios musicais
conservadores e São Petersburgo.
Rimsky se
destacar com sua orquestração que se compara à de Berlioz ou de Ravel. Mussorgsky é um gênio e nada deve de
experiência ou à habilidade. Sua obra agrega lirismo e naturalismo.
Tchaikovsky
Não se liga
ao movimento nacionalista de vanguarda, e nem à tradição conservadora.
A escola tcheca.
Smetana foi o
criador da ópera tcheca e símbolo da independência nacional.
As escolas húnguras e polensa passaram por uma renovação dos
estilos nacionais no século XX, sob a investida de Bartók, Kodály e Enesco.
Zdenek
Fibich(1850-1900) mantém o alto nível da escola tcheca.
Escola escandinava
Se destacar como grande músico o escadinavo do século XX, Edvard
Grieg(1843-1907), com seu gênio melódico destaca-se na escrita pianística, na
harmonia, interpretação da cultura nacional sendo um dos mais notáveis entre
Liszt e Debussy. Franz Berwald(1796-1868) sua obra é rica e variada compositor
sueco. Carl Nielsen (1865-1931) compôs melodias de ópera-cômica, Maskarade.
Jean Sibelius (1865-1957) se torna o símbolo do nacionalismo finlandês com a
obra Finlândia, que inspira os poetas românticos finlandeses.
As diferentes escolas apresentam características especificas que são baseadas ou não no folclore, enquanto não se
impuserem fatores de universalidade seja sistemas dodecafônico, neoclassicismo,
técnicas eletroacústicas, generalizações das teorias modais, musicais
aleatórias ou probabilistas.
O pós-romantismo
Segundo GROUT, o Romantismo pré-moderno, ou
pós-romantismo, é caracterizado como uma reação às concepções wagnerianas. Os
músicos alemães voltam-se para buscar, de uma identidade nacional. Momento da
transição entre Bruckner e Schönberg. Suje uma tendência generalizada com o
rompimento com os valores do romantismo. A música programada e os grandes
arroubos dos sentimentos começam a ser desmontados. Áustria é um foco de novos
movimentos musicais, não afetados pelos movimentos nacionalistas, que se
manteve como um centro de convergência musical.
Gustav Mahler (1860-1911), filho de judeus alemães da Boêmia, fixa-se em Viena, como
sua segunda pátria, porém diria: “Sou três vezes apátrida... Por toda parte um
intruso, em nenhum lugar desejado.”.
A arte da regência,
muito desenvolvida em Mahler, tem uma influência grande na sua atividade como
compositor. Regeu quase toda a obra de Wagner, mas teve a oportunidade de reger
Gluck, Mozart, Weber, Puccini, Bizet, Tchaikovsky, Smetana, Offenbach e até
mesmo Charpentier.
A sua música é uma
arte que cria, ao menos, ambiguamente, um elo entre Wagner e Bruckner e os
compositores do século XX Schönberg, Alban Berg e Webern. Schönberg e seus
seguidores atestaram muitas vezes a influência que a música de Mahler exerceu
sobre eles.
Mahler escreveu lieder
ao gosto popular, escreveria com principal característica o lied
acompanhado por orquestra. Mahler não escreveu óperas, mas retomou a tradição
de Berlioz, de coros e orquestras com dimensões gigantescas. Orquestra com 150
integrantes, dois coros, solistas e órgão. Das nove sinfonias, com mais uma
inacabada, utiliza os recursos dos movimentos desiguais, incluindo lieder,
sem utilizar os recursos da música programada.
Aproxima-se do
politonalismo ou atonalismo na Sinfonia no. 9 em ré maior (1910).
Richard Strauss (1864-1949), compositor eclético, foi diretor de música em Munique e
Berlim, mais tarde, diretor da Ópera de Viena, teve suas obras executadas no
mundo inteiro, especialmente França e Estados Unidos. Considerado por alguns
como neo-romântico, escreveu poemas sinfônicos no estilo de Berlioz, assim como
música de câmera e concertos para instrumentos e orquestra. Das obras iniciais
escreve lieder, com poesias líricas, neo-românticas.
Canção Morgen (A manhã)
O texto mostra que dois compositores
alemães contribuíram para esta transição para a música do século XX que foram.
Max Reger (1873-1916), foi anti-wagneriano e anti-Richard Strauss, pois só
admitia a música absoluta, sem influências extra-musicais. Combateu tenazmente
os seguidores de Wagner e a música de programa, tanto quanto os poemas
sinfônicos de Richard Strauss. Escreveu com traços estilísticos de Beethoven,
Brahms, utilizando um estilo de Bach, caraterizando-o com um “reacionário” em
sua época, antecipando o neoclassicismo de muitos compositores e a moda barroca
na música alemã das décadas de 1920 e 1930. Porém, suas experimentações
levam-no até as últimas fronteiras do sistema tonal.
Hans
Pfitzner (1869-1949), que acrescentou à sua composição qualidades do
primeiro romantismo alemão. Combatia o “modernismo”, principalmente Busoni,
defendendo Wagner, e ao mesmo tempo, Weber e Schumann. Escreveu sinfonias,
óperas e cantatas. Uma das óperas mais elogiadas pelo escritor Thomas Mann,
foi Palestrina, de 1915, com uma espécie de abordagem religiosa. Reger
e Pfitzner seguem caminhos paralelos afastando-se de Wagner por motivos
reacionários, porém chegam a regiões além do cromatismo wagneriano e às portas
da música de Schönberg.
O fim de uma era segundo o texto Grout, são os últimos trinta anos do século XIX europeu forma pacíficos e estáveis.
O começo do século XX marcado por agitação social e tensão internacional
crescente, estes acontecimentos culminaram o começo da Primeira Guerra
Mundial. No meio musical esta agitação e
tensão aconteceram por meio de experiências radicais. Estes anos marcaram o fim
do período clássico-romântico e convenções em matéria de tonalidade tal como os séculos XVIII e XIX as haviam
entendido.
Pós-romântico
O texto citar que Wager
foi inspiração para os músicos europeus. Os compositores desta época eram tinha
influência de Wagner uma das característica deste período na Alemanha ópera
baseada nos contos de fadas sendo as obras mais importante deste gênero Hansel
und Gretel (1893), e de Engelbert Humperdinck (1854-1921). Nestas obras podemos
ver como acontece a polifonia orquestral wagneriana e o uso de leitmotivs por
meio de um material simples e cativante, de cariz folclórico. Hugo
Wolf(1860-1903) suas obras são 250 Lieder peças para piano, coros, obras
sinfônicas, uma ópera completa( Der Corregidor, 1896), um quarteto de cordas e
a Serenata Italiana para pequena orquestra. Os seus Lieder se destacar com o
canto solístico com acompanhamento de piano o que prolonga a tradição Alemã.
Característica de Hugo Wolf.
Conforme o texto uma
das características de Hugo Wolf são as Canções composta em períodos breves de
intensa atividade criadora e foi publicada em seis coletâneas cada qual
dedicada a um único poeta ou um grupo de poetas. Wolf manifestou no critério
literário sendo mais rigoroso do que os
anteriores compositores alemães e canções se concentra em um poeta de cada vez
e colocou o nome do poeta antes do compositor nos títulos da coletâneas.
Gustav Mahler
De acordo com a
leitura do texto Gustava Mahler foi o Compositor eminente intérprete foi o
ultimo compositor sinfônico do período pós-romântico. Suas obras pós-românticas
são longas, formalmente complexas, de caráter programático, e requer grandes
recursos de execução. Mahler é um dos compositores mais audaciosos e mais
exigentes ao fazer o tratamento das combinações orquestrais, se iguala talvez a
Berlioz neste domínio. Em suas obras o
conteúdo programático nem sempre é indicado nas sinfonias. A sensibilidade de
Mahler aos significados das várias tonalidades onde concluir em cada sinfonia
em uma tonalidade diferente. As técnicas de Marler contribuíram para a
progressiva desagregação da organização tonal tradicional, que mostra processos
alternativos que os compositores que estavam por vim viriam a retomar e
desenvolver essas ideias. Os herdeiros dessas ideias românticas são Berlioz,
Liszt, Wagner, no ramo vienense Beethoven, Schubert, Brahms e, Bruckner. Mahler
desenvolveu a sinfonia e a sinfonia-oratória romântica que influenciaram
Schoenber, Berb e Webern.
Conforme o texto Grout, Richar Strauss e o mais famosos dos
compositores pós-romântico, respeitou no essencial a concepção clássica da
sinfonia com uma obra em vários andamentos diferentes e Max Reger (1873-1916)
apresenta um complexo estilo pós-wagneriano de cromatismo extremo e modulações
rápidas, suas obras românticas tardia se enquadra nas obras barrocas ou
clássicas estritas, que são fuga, prelúdio coral, ou o tema e variações. Hans
Pfitzner (1869-1949), importante compositor Alemão conservado da geração
pós-romântica, se destacar por suas óperas, musica de câmara e um concerto para
violino em si menor.
Referência
Bibliográfica
HORTA, Luiz
Paulo, Sete Noites com os Clássicos,
Jorge Zahar Editor.
GROUT, Donald J,
PALISCA, Claude V, História da Música
Ocidental, Gravida.