terça-feira, 23 de outubro de 2012

O nacionalismo na música romântica



O nacionalismo na música romântica 
O nacionalismo na música romântica apresenta as motivações para o surgimento dos movimentos nacionalistas na música do século XIX são uma reação à predominância no mundo musical da ópera italiana e da música instrumental alemã. A ópera alemã se firma também com a presença de Carl Maria Von Weber (1786-1826), que utilizaria temática alemã, situando-se depois de Mozart e antes de Richard Wagner. Os alemães ganharam seu espaço próprio, vários outros povos começam a buscar a sua descoberta da expressão popular pelo mesmo caminho, o romantismo. As maiores expressões musicais deste movimento vêm do norte e do leste europeu, mas a mesma manifestação nacionalista se manifestou na península ibérica e na Inglaterra.
A Herança Romântica e as escolas nacionais.
            De acordo com o texto, o declínio do espírito romântico começou em 1840. Berlioz, Liszt, Wagner levaram o romantismo musical ao ponto extremo, levando a um inevitável declínio. A maior parte dos músicos alemães na segunda metade do século se definia por sua aceitação ou recusa sobre a orientação da “música do futuro” essas decisões foram determinantes para o aprimorismos estéticos anunciadores da decadência. Se classificando em “neoclássicos”. Havia então uma tendência conservadora e uma tendência progressista. Na Itália a música voltada para o teatro, Verdi ilustra a reação ao idealismo romântico e se manifesta na ópera naturalista de Puccini e dos “veristas”. Outros países os dois tipos de reação, clássica e naturalista. Essas mudanças se apresentam na música como uma alternativa à tendência expressionista, desde Tristão, anuncia a decomposição do sistema tonal clássico, a tomada de consciência de uma identidade nacional graças aos combates pela independência e pela liberdade.  A cultura europeia deixa de ser cosmopolita e se torna multinacional. A música especificamente alemã se culmina na obra de Wagner. As novas escolas nacionais buscar a singularidade que as liberta do classicismo europeu.  Na emancipação modal, e na assimilação do folclore autóctone: ritmo, escalas, melodias, estilo instrumental. Itália e Alemanha. Se define por um estilo vocal e instrumenta, passado de professor e aluno e difundido por toda a Europa. Os músicos italianos formaram uma comunidade intelectual supranacional por toda a Europa.  A ópera verdiana definir um estilo puramente nacional. Euryanthe anuncia Lohengrin que fazem um idealismo especificamente alemão. A música Alemã se caracterizar por seu rigor contrapontístico agora a música passar a se conhecer por seu romantismo, sua inspiração heroica, seu exagero, pelo sombrio e poderoso, pelos cataclismos sonoros. A obra de Wagner abre probabilidades na dinâmica leva ao caminho do expressionismo pantonal.
Brams passou a maior parte da vida em Viena, sua cultura e seu temperamento são puramente germânicos, embora tenha passado maior parte da vida em Viena. Brahms postou-se como tradicionalista, tem uma alma romântica e uma cabeça clássica.
A escola francesa.
Deve ao organista César Franck a existência de uma escola francesa. Músicos que receberam o grande prêmio no concurso do Instituto, no século XIX, Berlioz (1830), Gounod (1839), Bizet (1857), Massenet (1863), Debussy (1884). A elite da música francesa são Franck, Saint-Saens e Fauré.
Franck chefe de escola transformou a sua classe de órgão em uma classe de composição. Seu discípulos são Henri Duparc(1848-1933), Vicent d’Indy(1851-1931), Ernest Cahusson(1855-1899), Guy Ropartz(1864-1955), Guillaume Lekeu(1870-1894). Franck e Saint-Saens funda a associação para a promoção da música francesa moderna: a Société Nationale de Musique, “Ars gallica”. A escola francesa começa a ter um caráter nacional, mas não apresenta uma estética definida.
A escola inglesa sentimento de superioridade que o império fortalece.
O irlandês John Field(1782-1837), pianista e precursor de Chopin. A tradição do oratório de Haendel e renovada pelo Elias de Mendelssohn(Birmingham, 1846), representa o essencial da cultura musical britânica.
A escola espanhola.
A renovação musical da Espanha tem as mesmas características da que aconteceu na Inglaterra que é a redescoberta de um passado esquecido, e a promoção de um ensino baseado em valores nacionais e o estudo do folclore que inicia um germinar a escola espanhola influenciada por novas correntes musicais europeias. Os músicos que se destacaram na escola espanhola moderna, Isaac Albéniz, Enrique Granados e Manuel de Falla, que são contemporâneo de Debussy e Ravel. As escolas italiana, francesa e austro-alemã produziram músicos que se se distinguiram por sues estilos particulares. Os músicos franceses, alemães e italianos não defende uma cultura ameaçada e se exprimem por um patriotismo. As escolas espanholas e inglesa existem desde a Idade Média, tiveram sob domínio cultura estrangeiro, seu renascimento é uma libertação nos traços caracterizado no patrimônio nacional presente na música espanhola que são as escalas e os ritmos de um folclore, com influência corruptora da igreja e da música erudita.
A escola russa.
A formação de uma escola nacional no século XIX é significativos despertos sentimentos nacionalistas a campanha napoleônica. O conservadorismo autoritário de Nicolau I com as ideias liberais convertida à filosofia de Hegel e ao socialismo utópico de Fourier e Proundhon.  Mily Balakirev (1837-1910), Cesar Cui (1835-1918), Modest Mussorgsky, Nicolai Rimsky-Korsakov, Alexandre Borondin (1833-1887), esse nomes levam a revolução aos meios musicais conservadores e São Petersburgo. 
Rimsky se destacar com sua orquestração que se compara à de Berlioz ou de Ravel.  Mussorgsky é um gênio e nada deve de experiência ou à habilidade. Sua obra agrega lirismo e naturalismo.
Tchaikovsky
Não se liga ao movimento nacionalista de vanguarda, e nem à tradição conservadora.
A escola tcheca.
Smetana foi o criador da ópera tcheca e símbolo da independência nacional.
As escolas húnguras e polensa passaram por uma renovação dos estilos nacionais no século XX, sob a investida de Bartók, Kodály e Enesco.
Zdenek Fibich(1850-1900) mantém o alto nível da escola tcheca.
Escola escandinava
Se destacar como grande músico o escadinavo do século XX, Edvard Grieg(1843-1907), com seu gênio melódico destaca-se na escrita pianística, na harmonia, interpretação da cultura nacional sendo um dos mais notáveis entre Liszt e Debussy. Franz Berwald(1796-1868) sua obra é rica e variada compositor sueco. Carl Nielsen (1865-1931) compôs melodias de ópera-cômica, Maskarade. Jean Sibelius (1865-1957) se torna o símbolo do nacionalismo finlandês com a obra Finlândia, que inspira os poetas românticos finlandeses. 
As diferentes escolas apresentam características especificas que são  baseadas ou não no folclore, enquanto não se impuserem fatores de universalidade seja sistemas dodecafônico, neoclassicismo, técnicas eletroacústicas, generalizações das teorias modais, musicais aleatórias ou probabilistas.

O pós-romantismo
Segundo GROUT, o Romantismo pré-moderno, ou pós-romantismo, é caracterizado como uma reação às concepções wagnerianas. Os músicos alemães voltam-se para buscar, de uma identidade nacional. Momento da transição entre Bruckner e Schönberg. Suje uma tendência generalizada com o rompimento com os valores do romantismo. A música programada e os grandes arroubos dos sentimentos começam a ser desmontados. Áustria é um foco de novos movimentos musicais, não afetados pelos movimentos nacionalistas, que se manteve como um centro de convergência musical.

Gustav Mahler (1860-1911), filho de judeus alemães da Boêmia, fixa-se em Viena, como sua segunda pátria, porém diria: “Sou três vezes apátrida... Por toda parte um intruso, em nenhum lugar desejado.”.
A arte da regência, muito desenvolvida em Mahler, tem uma influência grande na sua atividade como compositor. Regeu quase toda a obra de Wagner, mas teve a oportunidade de reger Gluck, Mozart, Weber, Puccini, Bizet, Tchaikovsky, Smetana, Offenbach e até mesmo Charpentier.
A sua música é uma arte que cria, ao menos, ambiguamente, um elo entre Wagner e Bruckner e os compositores do século XX Schönberg, Alban Berg e Webern. Schönberg e seus seguidores atestaram muitas vezes a influência que a música de Mahler exerceu sobre eles.
Mahler escreveu lieder ao gosto popular, escreveria com principal característica o lied acompanhado por orquestra. Mahler não escreveu óperas, mas retomou a tradição de Berlioz, de coros e orquestras com dimensões gigantescas. Orquestra com 150 integrantes, dois coros, solistas e órgão. Das nove sinfonias, com mais uma inacabada, utiliza os recursos dos movimentos desiguais, incluindo lieder, sem utilizar os recursos da música programada.
Aproxima-se do politonalismo ou atonalismo na Sinfonia no. 9 em ré maior (1910).

Richard Strauss (1864-1949), compositor eclético, foi diretor de música em Munique e Berlim, mais tarde, diretor da Ópera de Viena, teve suas obras executadas no mundo inteiro, especialmente França e Estados Unidos. Considerado por alguns como neo-romântico, escreveu poemas sinfônicos no estilo de Berlioz, assim como música de câmera e concertos para instrumentos e orquestra. Das obras iniciais escreve lieder, com poesias líricas, neo-românticas.
Canção Morgen (A manhã)

O texto mostra que dois compositores alemães contribuíram para esta transição para a música do século XX que foram.
Max Reger (1873-1916), foi anti-wagneriano e anti-Richard Strauss, pois só admitia a música absoluta, sem influências extra-musicais. Combateu tenazmente os seguidores de Wagner e a música de programa, tanto quanto os poemas sinfônicos de Richard Strauss. Escreveu com traços estilísticos de Beethoven, Brahms, utilizando um estilo de Bach, caraterizando-o com um “reacionário” em sua época, antecipando o neoclassicismo de muitos compositores e a moda barroca na música alemã das décadas de 1920 e 1930. Porém, suas experimentações levam-no até as últimas fronteiras do sistema tonal.
 Hans Pfitzner (1869-1949), que acrescentou à sua composição qualidades do primeiro romantismo alemão. Combatia o “modernismo”, principalmente Busoni, defendendo Wagner, e ao mesmo tempo, Weber e Schumann. Escreveu sinfonias, óperas e cantatas. Uma das óperas mais elogiadas pelo escritor Thomas Mann, foi Palestrina, de 1915, com uma espécie de abordagem religiosa. Reger e Pfitzner seguem caminhos paralelos afastando-se de Wagner por motivos reacionários, porém chegam a regiões além do cromatismo wagneriano e às portas da música de Schönberg.

O fim de uma era segundo o texto Grout, são os últimos trinta anos do século XIX europeu forma pacíficos e estáveis. O começo do século XX marcado por agitação social e tensão internacional crescente, estes acontecimentos culminaram o começo da Primeira Guerra Mundial.  No meio musical esta agitação e tensão aconteceram por meio de experiências radicais. Estes anos marcaram o fim do período clássico-romântico e convenções em matéria de tonalidade  tal como os séculos XVIII e XIX as haviam entendido.
Pós-romântico
O texto citar que Wager foi inspiração para os músicos europeus. Os compositores desta época eram tinha influência de Wagner uma das característica deste período na Alemanha ópera baseada nos contos de fadas sendo as obras mais importante deste gênero Hansel und Gretel (1893), e de Engelbert Humperdinck (1854-1921). Nestas obras podemos ver como acontece a polifonia orquestral wagneriana e o uso de leitmotivs por meio de um material simples e cativante, de cariz folclórico. Hugo Wolf(1860-1903) suas obras são 250 Lieder peças para piano, coros, obras sinfônicas, uma ópera completa( Der Corregidor, 1896), um quarteto de cordas e a Serenata Italiana para pequena orquestra. Os seus Lieder se destacar com o canto solístico com acompanhamento de piano o que prolonga a tradição Alemã.
Característica de Hugo Wolf.
Conforme o texto uma das características de Hugo Wolf são as Canções composta em períodos breves de intensa atividade criadora e foi publicada em seis coletâneas cada qual dedicada a um único poeta ou um grupo de poetas. Wolf manifestou no critério literário  sendo mais rigoroso do que os anteriores compositores alemães e canções se concentra em um poeta de cada vez e colocou o nome do poeta antes do compositor nos títulos da coletâneas.
Gustav Mahler
De acordo com a leitura do texto Gustava Mahler foi o Compositor eminente intérprete foi o ultimo compositor sinfônico do período pós-romântico. Suas obras pós-românticas são longas, formalmente complexas, de caráter programático, e requer grandes recursos de execução. Mahler é um dos compositores mais audaciosos e mais exigentes ao fazer o tratamento das combinações orquestrais, se iguala talvez a Berlioz neste domínio.  Em suas obras o conteúdo programático nem sempre é indicado nas sinfonias. A sensibilidade de Mahler aos significados das várias tonalidades onde concluir em cada sinfonia em uma tonalidade diferente. As técnicas de Marler contribuíram para a progressiva desagregação da organização tonal tradicional, que mostra processos alternativos que os compositores que estavam por vim viriam a retomar e desenvolver essas ideias. Os herdeiros dessas ideias românticas são Berlioz, Liszt, Wagner, no ramo vienense Beethoven, Schubert, Brahms e, Bruckner. Mahler desenvolveu a sinfonia e a sinfonia-oratória romântica que influenciaram Schoenber, Berb e Webern.
Conforme o texto Grout, Richar Strauss e o mais famosos dos compositores pós-romântico, respeitou no essencial a concepção clássica da sinfonia com uma obra em vários andamentos diferentes e Max Reger (1873-1916) apresenta um complexo estilo pós-wagneriano de cromatismo extremo e modulações rápidas, suas obras românticas tardia se enquadra nas obras barrocas ou clássicas estritas, que são fuga, prelúdio coral, ou o tema e variações. Hans Pfitzner (1869-1949), importante compositor Alemão conservado da geração pós-romântica, se destacar por suas óperas, musica de câmara e um concerto para violino em si menor.

Referência Bibliográfica
HORTA, Luiz Paulo, Sete Noites com os Clássicos, Jorge Zahar Editor.
GROUT, Donald J, PALISCA, Claude V, História da Música Ocidental, Gravida.





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